Despeço-me do sorriso doce. Do jeitinho dado. Do abraço contido. Da foto posada. Do olhar desconfiado. De um encontro escondido. Do disco emprestado. Que fiz questão de riscar com a ponta do salto para gritar de dor sempre que tocar.
Digo adeus à imaturidade. À falta de coragem. Aos seus contatos. Aos seus excessos. Aos textos inspirados. Aos momentos confidenciados ao travesseiro. Aos seus apelos que apertam as minhas mãos. Às músicas que me lembram. Às lágrimas enjoadas da superfície do meu rosto. À ansiedade do dia seguinte a você. A todo o encanto que há em uma história poetizada.
Despeço-me de um olhar desviado. No meio de uma conversa. Entre algumas promessas. E de todos os beijos trocados que eu teria de suportar.