De estômago vazio, bebeu uísque, champanhe, caipirinha e um gole de Red Bull. Desembestou a falar com todo mundo na boate.
Deu sorte de encontrá-lo. Usava camisa. Conversaram a noite inteira sobre música, cinema indie e a Chapada dos Veadeiros.
No dia seguinte, ela teve dor de cabeça. Ele, boas lembranças. Tão boas que ficou com medo de ter anotado o celular errado.
“Quem é esse cara?”
Ela não se lembrava. Combinou um encontro às escuras.
Ele podia ser careca, barrigudo e zarolho. Podia ser grudento e falar cuspindo. Ele podia ser cheio de manias ou ser bobinho demais. Mas não era.
Um mês e meio depois, em uma tarde, tomando chá com a avó, teve de responder à pergunta:
- E aí, filha, já beijou?
“Claro! Beijei no primeiro dia!”
A avó jamais imaginou que as relações moderninhas de hoje em dia pudessem dar tão certo.
2 comentários:
Mesmo de longe, na medida do possível,
tento, mais que tudo,
entender você, tuas idéias, teus sentimentos expressos em palavras...
Devia ter arriscado mais, conversado mais, mas é o tempo que voa...
Tá lindo, poder ler o que vc escreve sem pensar muito, ou pensando muito, com muito sentimento...
A gente se vê?
Willen
meninodez@hotmail.com
EI, PRI
Será que eu conheço sua amiga secreta?
adoro seus textos...
vc está me devendo aquele texto da peça.
se cuida
bjo
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