quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

APAGÃO



De estômago vazio, bebeu uísque, champanhe, caipirinha e um gole de Red Bull. Desembestou a falar com todo mundo na boate.

Deu sorte de encontrá-lo. Usava camisa. Conversaram a noite inteira sobre música, cinema indie e a Chapada dos Veadeiros.

No dia seguinte, ela teve dor de cabeça. Ele, boas lembranças. Tão boas que ficou com medo de ter anotado o celular errado.

“Quem é esse cara?”

Ela não se lembrava. Combinou um encontro às escuras.

Ele podia ser careca, barrigudo e zarolho. Podia ser grudento e falar cuspindo. Ele podia ser cheio de manias ou ser bobinho demais. Mas não era.

Um mês e meio depois, em uma tarde, tomando chá com a avó, teve de responder à pergunta:

- E aí, filha, já beijou?

“Claro! Beijei no primeiro dia!”

A avó jamais imaginou que as relações moderninhas de hoje em dia pudessem dar tão certo.

2 comentários:

Unknown disse...

Mesmo de longe, na medida do possível,
tento, mais que tudo,
entender você, tuas idéias, teus sentimentos expressos em palavras...
Devia ter arriscado mais, conversado mais, mas é o tempo que voa...
Tá lindo, poder ler o que vc escreve sem pensar muito, ou pensando muito, com muito sentimento...
A gente se vê?
Willen
meninodez@hotmail.com

Anônimo disse...

EI, PRI
Será que eu conheço sua amiga secreta?

adoro seus textos...
vc está me devendo aquele texto da peça.
se cuida
bjo

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...