Despeço-me do sorriso doce. Do jeitinho dado. Do abraço contido. Da foto posada. Do olhar desconfiado. De um encontro escondido. Do disco emprestado. Que fiz questão de riscar com a ponta do salto para gritar de dor sempre que tocar.
Digo adeus à imaturidade. À falta de coragem. Aos seus contatos. Aos seus excessos. Aos textos inspirados. Aos momentos confidenciados ao travesseiro. Aos seus apelos que apertam as minhas mãos. Às músicas que me lembram. Às lágrimas enjoadas da superfície do meu rosto. À ansiedade do dia seguinte a você. A todo o encanto que há em uma história poetizada.
Despeço-me de um olhar desviado. No meio de uma conversa. Entre algumas promessas. E de todos os beijos trocados que eu teria de suportar.
8 comentários:
Isso é da Martha Medeiros, mas se aplica: "Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo./ É o arremate de uma história que terminou,/ externamente, sem nossa concordância,/ mas que precisa também sair de dentro da gente/ E só então a gente poderá amar, de novo."
Simples, mas muito direto.
lóviu bocu.
Momento gêmeo
Força a nós e que todo o "entulho" seja enterrado, queimado, evaporado!
ui! acalmem os ânimos... já passou.
rsrs
lóviu óu mai díars
....isso me faz pensar em muitas coisas...
Muito bom. Aliás, o seu microconto dos bombons #140 é um tipo raro onde as palavras desaparecem e lemos apenas o sentimento. Pena que o volume de postagens vai empurrando ele para trás.
Relaxa este DESPEDIDA é antigo.
O dos bombons eu gosto tb.
bjs
Belíssimo texto. E se desperdir de algumas coisas às vezes é bom. :)
Lembrei de uma música que a Maria Rita canta no "Segundo", chamada "Despedida":
[...] Vim só dar... Despedida.[...]
Inté!
Ana.
www.mineirasuai.blogspot.com
Olá, querida!
Obrigada pela viita!
Beijos.
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