Descansar a cabeça doente em areias claras. Não sentir culpa ao mimar os olhos com as reverências das ondas. Pensar nele de vez em quando. Nos objetivos, sempre. E desejar a água de coco mais gelada. O silêncio acobertando inquietações. As conclusões erguendo-se abatidas. Uma esperança de que nada mude. Mas que graça teria se tudo permanecesse? Cansar-se do conforto produz estímulo. Temperar a vida buscando momentinhos felizes. Posso pensar mais um pouco? Enquanto observo o mar escurecer cheio de adeus. Posso? Posso saciar a mágoa com lágrimas? E posso protegê-las da exposição? Só quero encontrar alguma coisa que ainda nem sei. Mas venho sonhando, durante as tardes, que preciso. No momento, minhas boas intenções sofrem. Minhas mãos. As ideias. A segurança. E tudo pode parecer tão recente. O grito sem propósito. Eu não deveria ter passado a tinta por cima da angústia que me cerca. Mas que outro jeito conheço eu para escapar de discórdias? Quero continuar seguindo. De perto. Posso? Com algumas restrições. Revezo a atenção entre consequências e bisbilhotadas ao céu que se maquia de vermelho. E decido. Me interromper? Não posso mais.
3 comentários:
Pri, esse texto vc escreveu pensando nos meus sentimentos confidenciados a vc entre os copos de cerveja que só tomo quando te encontro?
Cansar-se do conforto produz estímulo mesmo...
bj
posso assinar esse texto e dizer por aí q ele é meu? posso? seria meu se ñ fosse seu...
afff...
beijos magoados e rejeitados por vc q passou por aqui!!!
rs
li
Como é bom ler você, nega!!! Linda!!!
Postar um comentário