segunda-feira, 10 de agosto de 2009

ACHEI QUE NÃO FOSSE ESCAPAR...


Achei que não fosse escapar. A gente costuma achar. Um saco de pedras preso aos pés. A dor mais forte é sempre a presente. Por que ela se traja de eterna? Por que ela não garante sua partida? Não peço data, mas a certeza de que munida de trouxa ela passe. Certeza que hoje possuo. Certeza atrasada. Certeza meio torta, porque somos pegos de surpresa. O tempo todo. A tranqulidade que se avessa e revela dias pesados e rotineiros e infinitos. Dias que não ornam com os seguintes: os afastados e, talvez e infelizmente, dormentes. Não mortos. Dormentes. Será que por isso tenho sono? Uma ressaca da surpresa ruim. Da fadiga de sofrer numa única tarde as facadas que me derrubavam há anos. Todas de uma vez. Mas uma hora o sangue estanca. O buraco fecha. Depois, só as cicatrizes. Aparentes. Tristes. Que tentam se esconder debaixo do maiô. Que se disfarçam no silêncio. Num olhar evasivo...

6 comentários:

Edimar Suely disse...

Olá.

Passando para conhecer seu belíssimo e interessante espaço e desejar uma linda semaninha e muita paz em sua casa.

Smack!

Edimar Suely
jesusminharocha2.zip.net

Flavia Lorenzi disse...

hum...

ressinto daqui o pranto corrente de águas quentes de lágrimas dormentes...

bonito...

e bonita a foto nova tb!

beijos

umbrancocolorido disse...

Nem me fale.... rs.
Beijos

disse...

... poxa

fabiana vajman disse...

Fia, a vida é uma merda. Mas é boa. Vambora que é nóis.
Beijo grande.

Nah Ribeiro disse...

Sempre tão belo e profundo o que você escreve. Acho que você anda fazenda fazendo uma biografia dos meus dias...

"Mas uma hora o sangue estanca. O buraco fecha. Depois, só as cicatrizes. Aparentes. Tristes."

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