Quando eu era criança, o ruído agressivo das teclas das máquinas de escrever me remetia a trabalho chato e adulto, então escrevia os meus (queridos) diários à mão. Assim que decidi desenvolver melhor o meu texto, abri um blog. Ignorei as máquinas de escrever, que não faziam mais sentido num mundo menos veloz que o de hoje. Pulei a etapa da datilografia, das cópias em papel carbono, do Liquid Paper secando para receber mais murros das letrinhas.
Quando a minha tia se mudou do Brasil, abandonou também a sua Olivetti e pensei em usá-la para decorar a minha casa, já que não funcionava mais. Primeiro, a máquina foi parar no chão da sala de estar. Hoje, o lugarzinho dela é na estante (foto), com a Remington que ganhei de Natal do meu namorado (um dos presentes mais bacanas que já recebi).
meu escritório |
Usar de vez em quando uma máquina de escrever para digitar um texto é um exercício intrigante. Faz a gente pensar mais antes de contar pro papel. O que chega à folha em branco já vem com a ideia mais mastigada, mais pensada, como se numa etapa mais avançada, do que se tivesse sido digitada no computador.
Hoje, elas são enfeites, mas sempre que olho pra minha estante com livros e as duas máquinas pacíficas, que quase piscam pra mim, me lembro do que sou e do que adoro ser: alguém que precisa escrever.
Hoje, elas são enfeites, mas sempre que olho pra minha estante com livros e as duas máquinas pacíficas, que quase piscam pra mim, me lembro do que sou e do que adoro ser: alguém que precisa escrever.
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Quem já tem sua máquina de escrever, e quer dar uma customizada e encontrar um cantinho diferente pra ela morar, inspire-se nas fotos de decoração que eu cacei por aí.
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