domingo, 31 de agosto de 2008

HIATO


O que fica é a temperatura quente do mar. A contagem das ondas. As conchas. A cadeira dura. Uma canga na areia. Cervejas. Um peixe com baião. Uma foto. Dentes aparecidos. Meu coração transformado em pedra. Atirado na água. Afunde e não volte à superfície! Nem para me bajular. Fique com os peixes-fastasmas. Que eu fico com o sol esquentando os ombros. Em um passeio nas dunas. Em uma pausa no lago. Deixo a dor, levo os danos. Que a ingenuidade da pele alva que um dia conheceu não volta. Dela, o que fica é a transparência de sempre. Que não teatralizará o primeiro não.


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