terça-feira, 18 de janeiro de 2011

FINALMENTE

assisti a José e Pilar. Achei uma beleza. E adorei quando o Saramago, lá da Europa, diz  que quando o Universo acabar, a Ilíada acaba junto. Algo assim. É isso aí. Quando ele acabar, este blog vai junto. E todos os comerciais de televisão. E a minha poupança. E tudo o que amei. E todos. E toda a importância que um dia eu dei a qualquer arranhão.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

É...

acho que hoje vai ser isso mesmo. fazer jantar. tomar banho. e assistir Queridos Amigos. ou ir ao cinema. mas o que eu gostaria mesmo seria passar minhas músicas pro i-pod. sem pensar. gostaria de nascer sabendo algumas coisas. e de que todo mundo me entendesse quando eu digo que tenho preguiça de certo tipo de gente e certo tipo de música e certo tipo de praia e certo tipo de gola V. agora eu to com preguiça de pegar essa chuva. ou porque vim de sapato claro. ou porque tá frio e to de saia. ou porque detesto a dança que faço quando desvio de poças. a timidez que exalo quando desvio de olhares. melhor mesmo é ter bastante legume nesse arroz à grega e comprar uma pilha pro controle remoto do DVD. rezar pro sono me enforcar antes da meia noite. e que o telefone não toque. não apite saudade. embora eu goste da falta que faço quando é madrugada e todo mundo bebe. eu vou sentar na poltrona mais distante das pessoas e comer o arroz gelado só depois. é muito provável que não goste do filme. e vou pensar se é pessoal ou não. e ficar puta se for. e tentar achar algum problema técnico se for. e meter o pau nos diálogos. e jurar baixinho, enquanto gesticulo raiva com as mãos, que nunca - eu espero - criar coisas forçadas. porque eu gosto de acreditar. mesmo que já tenha perdido essa inocência. e queira educar uma filha descrente. eu quero acreditar no que eu vejo. porque eu gosto quando as coisas fazem sentido também.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Beleza enche os olhos e, em frustrantes casos, esvazia a boca.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O COMEÇO...

Em São Paulo, hoje de manhã, chovia. Quer dizer, garoava na Zona Oeste e embora, meu cabelo brigue com a gravidade quando o tempo chora, eu ensolarei. Pensei São Paulo garoa, Eu faço sol. O ano é novo. 2011. E de pequena eu nem calculava quantos anos teria hoje. Impressionante mesmo era saber a idade na virada do século. Eu teria 19. Adulta demais. Número ímpar, não gostava. Preferia os pares. Me pareciam mais divertidos e escritos a grossas linhas. O ímpar não. O ímpar é sério. é maduro.
Estou na rua sentindo o fresco das borrifadas de água, que hoje não são mais minhas. Em 2011 eu quero. Eu quero água só pra beber. E da salgada, a do mar. Ou de uma história que sobrevive na boca de alguém. Eu quero adjetivos. As lembranças cheias de adjetivos. até os ruins que é pra eu não me esquecer dos centavos que me arranharam. Eu andei pensando. Muito. Tive um mês de guarda dos meus pensamentos. Chegamos a algumas conclusões. Tão óbvias. Tão difíceis. inevitáveis a esta altura. Eu quero. é só mais uma tentativa. Limpar o peso de ver o que odeio. Ser leve, mas ímpar.

FELIZ ANO NOVO!
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