terça-feira, 24 de agosto de 2010

BEIJO DE CONCRETO




a lua eu não alcanço da janela. moro baixo. nem sonhar com minhas bolhas de sabão, transportando doces recadinhos, eu exalo mais. os suspiros tropeçaram na última lágrima. e não mais sangram. secaram a queda. escapei do quadro azul com flores, que toca palavra suave e bongô. os números de telefone do passado se espremem dentro de curtos finais de semana. o passado foi há dois dias. na minha janela, outras janelas. nos meus pés, meias. e outros pés. ao meu lado, um chá que derruba. na minha cabeça, um vento agressivo e algum abraço forte. a garganta teme a volta do silêncio.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...