sexta-feira, 28 de outubro de 2011

YOU

quando tudo aquieta. e eu tenho que voltar pros meus DVDs. antes disso. quando eu desvio de poças e pessoas no meio da rua. de restos de cachorro. quando dá seis da tarde e eu procuro outra coisa pra pensar. você você você você você quer? - já cantou a celebridade com quem gravo na semana que vem.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

e tem a emoção, neblina na estrada. e tem experiências que eu não pedi, porque prefiro doce. e tem o que eu não posso controlar. é tudo isso se esfregando em mim. e tem aquela noite em que eu vesti flores. e essa imagem assediando minhas noites seguintes. alguma coisa no meio da rua acontecia. talvez leveza. ou só teatro. embora eu leia, sem embaraço, felicidade, que é quando você sente vontade de sorrir. eu não me contaminei, porque um dia quase morri disso. e pode ser que meus anticorpos estejam mais confiantes e felizes. e como o clima está ameno, vento nenhum vai se aproveitar da minha vulnerabilidade. chuva nenhuma. romance nenhum.
- assim pensou o monstro que mora dentro de mim.

sábado, 22 de outubro de 2011

na parte de dentro, aquela perto do peito, o esquerdo, tem fumaça. desembaçar fatos e separar de sentimento requer outra identidade. o corpo da vizinha. é o meu inimigo. apaixonado e imbatível. embora eu tente, se acorrenta a minha cintura. talvez seja melhor oferecer o outro lado da cama para ele dormir.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

é quase mortal e fúcsia. a garotinha de cabelo liso sentada em um balanço enfeitado de lacinhos. é quase aquecimento global a cor da paisagem. é quase terrorismo os urubus que esperam a queda dela. tão angelical e triste. tão alimento e alvo. se depender da saia ela não cai. mas o olhar. o olhar é de alguém que pode se jogar de tédio. de cansaço. esses urubus nunca vão sair de lá? é só o que ela tem. e uma hora, um toque fica tão inevitável quanto as lágrimas de redenção. ela não tem saída.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

de verdade. pode ser mesmo que eu seja o oposto desses brincos de pérolas. ou só um pouco deles. pode ser que a última frase que te disse destoe das minhas ressacas. e até que a ideia que postei dia desses seja a minha leitura de um personagem tranquilo. mas esses pedaços todos são meus, sim. o bolo inteiro que eles formam é que anda um pouco em blur desde que eu. meus amigos não me reconhecem e o que vejo quando encaro o espelho é mais uma tentativa de. pelo menos. did I? não fiz de propósito. foi apenas uma época deixando vazar céu azul e sucos de laranjas e as flores do meu vestido. mas não consigo esconder que rajadas dele me ofuscavam enquanto. pensei nele quando atuávamos a cena que sempre me negou. me recuso a fingir que ele não reestreou durante aquela noite na plateia. me tocava. não ele. a lembrança dele. as promessas dele. a ideia do que ele um dia seria pra mim. você como argamassa de poros vazios. a tinta caindo. o meu senso de humor dando as boas vindas. a parte de mim que pinta os olhos e se veste de botas pesadas para se identificar com o que foi e não quer mais. qual o tema desse amontoado de confissões? um feijão no algodão molhado.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

foram lágrimas de lembranças. apenas. como se pega de surpresa.
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