sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

*

Este blog entrou de férias, mas a autora dele não.
Você pode acompanhar o blog de férias dela: Flores To Fly.

*

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

DA BOCA DE ALGUÉM: SUAS PALAVRAS CONDUZIDAS PELO VENTO



esqueci de beber água há dois dias. cortar as unhas e passei vergonha no exame médico. os óculos de sol estão dormindo em algum dos sete lugares em que sobrevivi nesta semana. esqueci a escova de dentes no último quarto em que estive e posso provocar o dono dele dizendo que quero acalmar. ser só dele, enquanto dançamos mudos no meio de uma pista sufocada de olhares-gordos em cima da mão dele invasora de decotes. esqueci que devia dinheiro para um amigo e me lembro disso toda vez que deito, e seria indelicado ligar para lembrá-lo de me lembrar. esqueci como me sentia quando você me acordava. e vou me esquecer de bem mais. quando você cheirava a comida antes de absorvê-la, como eu faço antes de tomar chuva.
mas não esqueço. meu corpo não esquece. meu texto não esquece.
como metiam o dedo nas minhas inquietações dizendo que minhas páginas, minhas palavras, o jeito como choro, como coro, me embriago, me rasgo numa noite onde tudo é só brincadeira e abandono; não passavam de meninice. que preferiam meu silêncio. que o que gerava o formigamento nos meus dedos boiava em minha boca e eu não engolia. assim que nascia, escorria para o lixo por destino.
perceber que você não passa de uma foto, de um papel cheiroso e vazio, de um vaso que não afaga flores. foi essa a doença? meu diagnóstico proferido por dicionários ambulantes - quando a palavra não cabe, quando a palavra não excita, quando a palavra é só palavra. receber como verdade o que salivas congeladas, cérebros precisos te comunicam, como se não pudesse trocar a estação do rádio com sua própria vontade. como se não tivesse mãos. gritar quem você é: talvez a primeira tentativa de se decifrar.
esqueci de gritar por tanto tempo.
hoje sou escândalo, carta, troca, resposta. a crença em minha superficialidade: esquecida na marra.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

CÁRCERE


Um amor estático flutua preguiçoso a três palmos do meu travesseiro, quando é madrugada e tudo é sussurro. Lembranças tristes e carneiros pulando brigam pelo primeiro lugar. Provo paciência. A página branca e tolerante freia um abraço. A distância é ríspida. Meu escândalo não te alcança, é desespero invisível. Insuportável é gostar sem ruído. Armazeno você num parágrafo, pra rabiscar mais tarde. Apagar mais tarde. Quando já for muito tarde. Muito tarde e adiável.

Meu mundo apático se embriaga de olhares perdidos. Nem sei o que miro. O dia se esgarça em frames. Tarefas e compromissos e gritos espancam a campainha do meu controle. A janela trancada - nem o ar respira aqui dentro - o cachorro esperneando atrás dela e, quando percebo, perdi uma hora. Sessenta minutos de você, chumbo agarrado aos meus tornozelos. Me enterrando em silêncio.

A sua felicidade abafando qualquer coisa que tenha me dito naquela ligação. Na surpresa de uma esquina que dobrei, em vez de te evitar. Numa fotografia que pensei ter apagado – ela tem seu cheiro e o meu agasalho também. E terça passada se me surpreendessem: a história de alguém que respira agasalhos e tem olhos encharcados de alguma coisa que um dia ganhei por engano. Seu cheiro, que não chamo de perfume, e algumas partes da sua vida me interrompendo. Freneticamente.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A HORA DE DORMIR




As pálpebras dele enganchadas a âncoras. O bocejo contaminando. Ele resiste ao desmaio. Insônia como opção. Encher a cabeça de informação, porque quando tudo se aquietar e o corpo ceder, só um pensamento: a maneira como ela enrolava o cabelo num coque e sorria perguntando se estava bom. E o perfume dela que apareceu na noite passada, quando ele bebia sozinho num balcão, e a vontade de não identificar a pessoa, para não destruir essa reaproximação. Era como abraçá-la de novo. Igual ao episódio da farmácia, quando brigaram, conforto e promessas de vai-dá-tudo-certo-pra-sempre-eu-sei-que-vai.
O que falta não tem nome. É espaço inabitável. Acordar ao lado dela foi só miragem. Enquanto ele esfregava os olhos, ela desaparecia, levando aquele bônus de tranquilidade junto; e a sacolinha da loja de roupas com o secador e as calcinhas. 
Sonhar tem sido triste e difícil de desviar. Ele não vai controlar por muito tempo, em poucos minutos, ela protagonizará as mesmas histórias descontínuas. 
Ao despertar, ele vai se ocupar de livros e café e faxina, atividades que a dissipem. Algo que a faça adormecer até o próximo encontro. O próximo cansaço vencido.


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

CENA FINAL




Um guarda-roupa abarrotado de lembranças: eu preciso escolher entre um sapato, que odeio e aquele que você me sorriu de presente.
Saio descalça com música no ouvido pra preencher as reticências que você deixou. Pensar, hoje, torce o peito. O olhar namorando o chão. E aquele carro quase me atropela, porque me distraí contemplando ontem, quando você me presenteou com aquela mensagem comprida. E penso, enquanto meu pé esquerdo se fere numa pedrinha afiada, que eu gosto quando você me chama pro palco. E como foi frase dura, curta – um tiro e ponto – te ver molhando o indicador com sua saliva e virando nossa página. O meu descer as escadas, olhar a placa de saída – escrita com um erro ortográfico – rodar a chave, te entregar a chave e sumir - a duzentos km por lágrima. Gasolina vazando pelas ruas do seu bairro, como se fossem sementes minhas -  na esperança de me florescerem. Um busto meu manchando a fotografia da sua janela, imagem enjoativa, que te afasta.
Buracos, buracos e mais buracos, ocos. Como minha caixa de mensagens. Como esses dias. Como minha presença.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

HISTÓRIA EMBOLORADA




De um menu, escolho sempre a mesma entrada: esgotar brechas solitárias de uma página a mim confeitada. Um tempero que não abandono: me untar até o último grão de tudo. Garfo palavras, antes de esfriarem. Amasso frases, para que se encaixem no cantinho inferior do papel. Um prato-feito-escrito escorrendo da minha boca. Recheio as bordas dessa página, para te agarrar pelo coração. Molho o indicador e lambuzo a caneta. Dá gastrite desperdiçar o que está bom.

Dessa história que mordi, senti o bolor, já no beiço. Meu encanto azedou. Você murchou, porque esqueci de acrescentar as vírgulas. Espirrei pasta mastigada, mistura brancazul. Minha saliva rejeitando o final de um conto que eu ainda preparava. Minha vontade marinada para outra refeição. A língua queimando de silêncio. Tristeza a la carte.

Errei a mão. Exagerei no açúcar. Ignorei a receita, fiz de olho. Arranquei do forno antes do tempo. Esqueci diálogos na geladeira. As letras apodreceram, de uma linha pra outra. Um ponto final amargou a boca. Reticências depois da barriga cheia. Frases interrompidas fervendo no teclado. Água e sal sobrando no meu rosto – com chorinho. Eu cega à validade das coisas. Eu, nem em banho-maria. Estragada, no lixo.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

*

Morreu de mãos dadas à saudade. Morreu de orgulho.

*

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

CORAÇÃO EM ACUPUNTURA




Brigadeiros para saciar o vazio que me visitou depois dessa manhã. Parte de mim querendo se dissipar pelo seu quarto, escapar pela janela - bolhas de sabão apáticas - para não precisar digerir o quanto contamino a alegria com manchas de insatisfação (inquietação?)
Você, o olhar no meu. O meu, agarrando o chão. Chocolate na cabeça, em vez de cerveja.
Alguns dias de silêncio. Alguns dias de mim mesma e de meus conflitos tentando se resolver no estômago. Coração em sessão de acupuntura.
Enquanto vomito num papel o que preciso arrancar da pele e do tom da minha voz quase nula. E inspiro o que gostaria de ser - não só pra você - pra mim, pra sempre: sorriso eterno e contínuo.

terça-feira, 19 de junho de 2012

PRA ENTENDER O QUE SE ESCREVE


Se eu usasse a experiência para arrecadar palavras e, no dia seguinte, a cabeça para encaixá-las em frestas carentes de significados; eu precisaria de suor para checar se cada constelação de frases transborda exatamente o que quero cuspir; e depois esfregaria os exageros, cortaria os perdigotos que ejaculam da língua – o que tem de ficar amordaçado no armário ou esmagado no tapete ou acorrentado na gaveta. O que não precisa ser entendido.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

TERRAÇO



A bunda dela na borda da sacada. Lá embaixo, faróis vermelhos correndo e buzinando, postes de luz, risadas ébrias. A noite festeja, enrolada pelo vento do outono. As pessoas caindo nos truques que a noite inventa. Botas pesadas surrando bitucas de cigarro e chiclete. O barulho não alcança os dois. A bunda dela gelando dentro do jeans. O jeans esfregando sujeira. Ele e uma cerveja na mão. O que é cumplicidade, se não for isso? Dá pra falar com o silêncio e mais um gole de Heineken. Dá pra falar com os olhos voltados lá pra baixo, quase iluminando o movimento das ruas. Ela cospe para ver se a saliva seca antes de atingir a cabeça de alguém. Impossível descobrir. Ele dá mais um gole. O que precisa ser dito nunca será. Ficará nesse instante. Impresso numa lacuna de tempo. Talvez nunca mais se lembrem dessa noite e do medo que ronda. Ela olha para a Heineken. Ela gruda o sapato no chão. Ela desiste.

sábado, 14 de abril de 2012

MÚSICA ÚMIDA


Das vezes que chorei por causa de uma música, a tarde mais marcante foi aquela de Lins. O calor que fazia debaixo do céu e o sorveteiro aliviando. Ver televisão na frente do ventilador, pra não grudar no sofá de couro, ainda perturbada pela história da conhecida, que encontramos no centro da cidade e descrevia como o seu marido tinha cegado, porque chegou perto demais das hélices do ventilador. Eu pensei que ele chorava e, com vergonha de que a mulher descobrisse, ao secar suas lágrimas com o vento artificial, que deixa a voz vibrando, se aproximou do ventilador mais do que o preciso.

Nas férias, eu visitava os avós no interior. Toda a família visitava. Nós, os sobrinhos, dormíamos no quarto desocupado por camas, mas que tinha sofá e vitrola. A gente se amontoava em colchonetes fininhos e almofadas duras serviam de travesseiro. A tia Dina dormia com a gente como se fosse bedel e me ensinou uma oração que sei até hoje. Quando a luz se apagava, a única coisa que não se escondia no breu era um vaga-lume vermelho perto da tia, que depois de sete minutos sempre morria, levando com ele o cheiro esquisito de fumaça. Nesse quarto, naquela tarde, foi para onde escapei, deixando minha família na sala. Sempre fui de me trancar, é quando as confusões primeiro escorrem, pra depois se assentarem.

Eu sou da época dos discos. O primeiro que ganhei foi o de uma banda nacional de garotinhos, dessas que apareciam na televisão para cantar e tocar com os instrumentos sem fio. Embaixo da vitrola, uns discos que nem me lembro mais, com exceção desse que escolhi. A música se apresentava na última faixa do lado B e eu me levantava do sofá, grudento e salgado, sempre que acabava, para repetir. Falava sobre querer alguém que foi embora e não voltaria mais. Era só uma música. Eu só tinha seis anos, o que eu sabia de amor? Eu só tinha seis anos e, naquele dia, aprendi da vida. Foi só um grão. A música me contou como as histórias poderiam ser. Como eu poderia escolher me sentir. Só porque alguém se sentou e escreveu, em vez de usar um ventilador pra disfarçar sua tristeza.

segunda-feira, 26 de março de 2012

MANHÃS ABSTINENTES



a madrugada é triste. a madrugada é sempre triste quando você dorme. ou quando escolhe outro lugar, diferente do meu pescoço. se não existe a sua voz alagando a madrugada, ela não ganha um bafinho de cor. quando o seu sorriso é estrangulado, pra que serve o foco da lua?

de dentro do carro eu posso escutar você interpretando em todos os tons aquela palavra que raramente fala. e desconfiar de você a cada vulto que atravessa debaixo do semáforo, espionado pelos faróis. às vezes tenho vontade de te atropelar. me entristecer pela sua morte e não pela sua ausência.

eu abandono a madrugada, quando cinco horas de álcool decidem destrancar o que os dias claros e quentinhos reprimem. o que a distância tranca. as facas que tiro do peito. quando é manhã eu nunca lembro que você já fez parte.

Larguei as madrugadas pra você desaparecer. Consegui evitá-las, até que. Até que essa crise. Uma crise, um impulso, um chame-do-que-quiser. é tipo fissura de me esgotar nelas como antes. ou me esgotar em você. não sei qual desejo amanhece primeiro. parece que me estampo nessa  história, quando fica insuportável me evitar. por isso arremessei nossas madrugadas, migalhas de alegria. presas à uma pedra, talvez sufocadas de água e de minha invisibilidade, sua incontestável criação.

é inquieto. é surdo. eu meto a lembrança de como é a tua pele junto tênis e sabonete. é incontrolável e curto o momento em que penso em você pela primeira vez depois de, e o momento até a porta da sua casa. é quase sonho. é quase porre. é quase um coma. é quase morte. a minha.

eu. piscando. cada poro. minhas palavras em alto-falantes. estardalhaços do que vaza. e você.

cego eterno.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

ARRANHÃO NO MEIO DA NOITE


foi água que me acordou nessa manhã. não a chuva. não uma torneira aberta. não o mijo no colchão e nas pernas. era água salgada - mais do que a água do mar - se esfregando naquele lugarzinho onde a gente colore com lápis de olho. que droga. eu acordo e vejo o meu quarto embaçado, tudo por causa de um sonho.

você já amou alguma coisa? eu não tô falando desse gato cego que você maltrata com leite e o seu chinelo rude.  você já encurralou o rosto desse bicho com as suas mãos, porque dizer Eu te amo era muito pouco? porque sorrir pra ele era muito pouco? E como ele reagiu? com aquela cara de Senhora, eu sou só um gato de rua, você não pode me.

mas é que no meu sonho ele segurou a minha mão. você já viu isso? não, eu não tô falando do seu gato. ele segurou a minha mão e entramos na festa, siameses. eu me sentei no colo dele. ele usa calça jeans clara de noite também. eu me sentei em cima da calça jeans clara dele e agarrei o seu pescoço como se fosse a única coisa que eu precisasse. e beijei a boca dele como se fosse. você sabe. ele tem um rasguinho no lábio inferior, que eu gosto de morder quando estou sonhando. Eu espremi as bochechas dele com as palmas das minhas mãos e disse, sem ligar pras pessoas que lamentavam a minha cena, eu disse Eu te amo. e repeti. e repeti. e repeti durante a festa inteira. ele me olhava com aquela cara de Você me conhece demais pra fazer isso. mas eu amo, porra. e sou eu que está aqui em cima da sua calça jeans clara essa noite. e eu tenho medo de amanhã. mas dessa vez eu sei que é diferente. porque amanhã você também vai precisar de como eu te olho. e de como os meus braços te cercam nessa festa. e do amor que ninguém te declara todos os dias.

e então escancarei os olhos e vi meu quarto em blur. o ventilador rodava e tinha os meus diários, travesseiros, sutiãs, batons e o meu chinelo que ele não sabe nem de que cor prefiro. o livro que eu ganhei de um cara, porque ele gostava de mim. mas que eu não deixei que me cercasse do jeito que eu faço com ele quando sonho. meu sonho. o nosso único lugar.

e desse sonho - mais do que as luzes coloridas da festa violando a cara dele, a calça jeans clara, as mãos dadas, as minhas palmas apaixonadas - se destaca expressão dele. como se triste pelo que eu repetia e repetia e repetia. eu te conheço demais, é verdade.

por isso as gotas de mar. e sonho.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

*
o que você chamou de fissura, eu batizei amor. meu amor. psicoticamente devotado. meu way of love.

*

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

essa noite tive medo. você dormindo na periferia da cidade. sem acesso às leis do lugar. você deixou a janela aberta? não repita isso. além de baratas e pernilongos, elas convidam gente mal intencionada e sorte sua não ser mulher fisicamente para o pior lhe acontecer. você dorme com aquela bermuda xadrez ou a tem dispensado. mesmo aqui no centro da cidade, onde é mais alto e fresco, tem feito calor. durmo nua para não molhar camisolas. o ventilador quebrou e o dinheiro usei para quitar o fogão. eu tenho cozinhado todas as noites e me lembro de você quando uso alecrim. uma pena ter deixado a minha muda morrer. como fiz com você. uma pena.

*
Não raramente perco a esperança.
*

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

*

olhei pra sua foto e ela não tinha mais aquela luz cafona que te circundava. o tempo venceu, meu amigo.


*

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

BAMBOLÊ



A menininha vai na frente com meu vestidinho preferido. O bambolê na cinturinha. Roda. Zás. Roda, roda e cai. Desce a escada, enquanto sua tia conversa na esquina. Eu sigo sua figurinha. As sapatilhas invadindo a minha casa.
- Cadê a minha tia?
Logo vem a sua tia, menina. O bambolê rebola zás na minha frente. As trancinhas brincando junto. A saia do vestidinho se arrepia de felicidade. Posso ver a rendinha exibida da calcinha. A menina não para. Zás.
- Cadê a tia?
Logo vem a titia.
- Não quero logo. Quero agora.
Menina, você quer uma surpresa? O bambolê interrompe sua cena. Ela se rende à curiosidade da surpresinha. Antes feche a porta, menina. Feche a porta e me pergunte Titio, qual é a surpresa gostosa que você tem pra mim? Diga, menininha. Ela não quer dizer. As mãos dela apertam meus joelhos e a bundinha arrebita. Ela fecha a porta, mas não gosta de repetir.
- Não digo.
Ah! Não diz. Que gracinha. Se encaixa de novo no brinquedinho e roda. Roda. Eu só observo. O vestidinho roda junto. Roda. Roda sem cair, como o bambolê. Zás. Zás.
A tia da menina na porta.
Mas eu ainda estava sentado.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...