quinta-feira, 30 de maio de 2013

quarta-feira, 29 de maio de 2013

terça-feira, 28 de maio de 2013

MARCHA PELA COMPANHIA



Eu me deito e não fecho os olhos. Tenho frio e o cobertor está muito distante do meu ânimo. A ponta do meu nariz será judiada pelo cuspe gelado e invisível, que vem da janela atropelar o meu rosto. Talvez acorde com lábios rachados e medo de usá-los. Sempre posso me livrar das roupas pelas três da manhã. Um resfriado pra chamar de meu bem. A desculpa para ativar status ausente. Sem mentiras, sem ofensas, sem escorregar das mãos de alguém. Apenas fatos. E tetos, em cima de mim. Dos meus olhos abertos. As decisões desconfiadas tocando a minha língua na ponta dos pés. Eu não sei o que devo. Espero precisar de um chocolate quente amanhã, algum remédio caseiro. Que logo essa cãibra cardíaca passa. Ou cansa.     

sexta-feira, 24 de maio de 2013

CENTRALIZANDO A VIDA: MEU BLOG SERÁ UM LIQUIDIFICADOR

Vocês enlouquecem também com tanta rede social? Eu fico maluca para atualizar tudo. Tento, mas é impossível. É pinterest, instagram, tuíter, facebook, tumblr, google +... Meu Deus! Isso nunca acaba? rs

Bom, eu decidi que tudo o que diz respeito ao blog, ao meu trabalho, postarei aqui.

Vou começar com as lindas fotofrases que o Ale Borges está fazendo para mim. Todo dia vai entrar uma inédita no A Vida Em Posts (e não mais no meu tumblr). Aí vocês podem copiar e jogar no tumblr de vocês, no tuíter, no facebook etc. Na fanpage elas continuam entrando, mas antes aqui, tá?

A primeira que vou postar é uma que amo, do texto A Hora De Dormir.


Podem compartilhar, comentar, xoxar, pedir pra eu fazer uma almofada com a frase, vocês mandam.

O importante é que vou me tornar um ser humano (um pouco) menos atarefado. :)

quinta-feira, 23 de maio de 2013

VAMOS CARIMBAR?

Estampa da Sweet Stamp


Muito prazer, eu sou a mais nova viciada em carimbos. Comprei três lindos da Sweet Stamp para decorar as embalagens da Lojinha Virtual que vou abrir (em breve, conto essa história melhor, mas adianto - pra ninguém morrer de curiosidade - que vai ter caneca com minhas frases. Curtem a ideia?). Esse de balão que vocês estão vendo no começo do post é pra se apaixonar duas vezes.

Aí, enlouqueci e fui pesquisar mais carimbos fofos no Tanlup, que é onde estará a minha lojinha também. Vocês já conhecem essa plataforma? Deem uma fuçada. Coisas fofas e principalmente artesanais com preços bem bacanas.

Achei esses modelos que já são meus novos must have:







Como não posso falir por causa do meu novo vício, procurei sites que ensinam maneiras caseiras para você fazer o seu carimbo. Gostei das dicas do #comofas?, do Super Ziper  e do O Artesanato, do qual copiei os passos e fiz o meu primeiro carimbo!


Pra quem não identificou é um bigodinho. Eu vou me aperfeiçoar, apenas aguardem minha evolução, porque a meta é fazer as embalagens de presentes mais charmosas do Brasil.



quarta-feira, 22 de maio de 2013

ROBERTA INDICA: A BRINCADEIRA, DE MILAN KUNDERA


 A PRAGA DE KUNDERA



Praga hoje é destino turístico dos mais cobiçados. Suas calçadas estreitas misturam edificações de pedra com Mc Donald’s e Starbucks.

Antes de eu passar por lá, por Praga passaram guerras e revoluções. Foi invadida e aberta. Por muito tempo foi socialista.

Estive lá em 2009, na época conhecia melhor Kafka que Kundera. E Praga, pelo jeito, também. Kafka tem um museu lá. Kundera não é mais cidadão tcheco.

Entretanto, em 2013, conheci Kundera. Comecei pela Brincadeira. Eu e ele.

A Brincadeira, de 1967 é o primeiro romance de Milan Kundera, que ficou muito conhecido por A Insustentável Leveza do Ser.

A Brincadeira caiu nas minhas mãos por acaso. Tudo começou quando resolvi participar de um Clube de Leitura promovido pela Cia das Letras.  Clubes de Leitura são encontros de leitores para falar sobre um livro que foi previamente lido.
Como o encontro, que seria dali um mês, era em torno de A Brincadeira, peguei pra ler.

Mas, distraída que sou, olhei o dia errado. Era o dia, do mês anterior. Enfim, a leitura ficou pela leitura. Adorável engano.

É de um engano também que parte A Brincadeira. Um mal entendido, na verdade. E dele, como uma bola de neve, a vida de um estudante de Praga começa a se transformar e sair totalmente do controle.

Como sua vida não lhe pertencia mais, Ludvik, o protagonista, começa a refletir sobre tudo que está a sua volta. E, misto de filósofo e escritor, Kundera constrói essa história de maneira saborosíssima.
Cada capítulo é narrado por um personagem. Vamos conhecendo cada personagem pela voz dele e dos outros.
 E, sim, descobrimos que o mundo nada mais é do que uma visão arbitrariamente construída por nós.
E, não, nós humanos não combinamos antes qual visão seria a certa e, dessa forma, vamos brincando de tentar viver em mundos diferentes.
E o que pensamos sobre nós, e sobre os outros, nada mais é do que  o que nós pensamos.

Um grande mal entendido.

A vida é cheia de maus entendidos porque cada pessoa constrói uma realidade. E Kundera nos mostra que, no Amor e na Política, isso pode ser devastador!

“É extremamente raro que o amor físico se confunda com o amor da alma. O que faz exatamente a alma, enquanto o corpo se une (com esse movimento tão imemorial, universal e invariável) a outro corpo?
(...)
Muitas pessoas, depois de terem unido seus corpos, acham que também uniram suas almas e se sentem automaticamente autorizadas, por essa crença errônea, a se tratarem com intimidade.”

Tão acidamente quanto descortinar-nos que o sexo e o amor nada têm em comum um com o outro. Kundera nos descortina, e essa verdade é ainda mais doída, que o conceito de política e igualdade nada tem a ver com a construção de um mundo melhor.

O socialismo falhou porque, como disse no começo, nós não podemos construir um mundo melhor, se não combinamos antes qual mundo construímos. O que é melhor pra um não é para outro. A realidade é arbitrária. O ser humano não deseja as mesmas coisas.

E, o único Estado até hoje que negou a religião, construiu um sistema político tão cheio de dogmas que foi transformado, ele próprio, em uma. Outro, simples (?) mal entendido.

Por que não conseguimos mudar uma vida que não está sendo vivida como imaginamos que seria?

“Sentia vergonha de falar como eles queriam que eu falasse. Seria assim tão covarde? Ou tão disciplinado? Ou, então, tão cansado?”

A Brincadeira é uma viagem pelo mais desconhecido lado do socialismo.
E pelo menos admitido espaço da alma humana.

Embarque nesse primeiro romance de Kundera e, caso se apaixone como eu, pegue o próximo.

“Não; uma casa que é apenas a casa dos pais não é um fio; é apenas o passado: as cartas que chegam dos pais são mensagens de um continente do qual você se afasta; pior, essa espécie de carta não para de repetir que você se perdeu, lembrando-lhe o porto de onde você largou em condições tão honesta e laboriosamente reunidas.
É, diz uma carta assim, o porto está sempre ali, imutável, firme e forte em seu antigo cenário, mas o rumo, o rumo se perdeu!”

E o seu rumo? Se perdeu?

*

A autora do post: Roberta Nader é ativista pra mudar o mundo. Roteirista no horário comercial. Leitora compulsiva. Escrever é uma vontade... Que nunca passa. 
Leia o blog dela clicando aqui.

terça-feira, 21 de maio de 2013

CARREIRA: A PERGUNTA BURRA É AQUELA QUE NÃO É FEITA




Todo mundo têm dúvidas, até o Steve Jobs tinha. Ninguém nasce sabendo 100% de tudo. Os caminhos para o aprendizado podem ser complexos e também simples. Para que a tarefa de aprender seja menos dolorosa no que diz respeito às tarefas árduas, pergunte e pergunte e pergunte.

Não tenha receio de se sentir burro ou menos experiente porque você poderá fazer uma pergunta óbvia em algum momento. É melhor pecar pelo excesso, e ao dar de cara com novas atividades, é natural que muitas dúvidas apareçam.

Mas, lembre-se: nada de incomodar seus gestores e colegas de área com questões que já foram ditas, para isso, tenha sempre à mão um bloco de notas, que seja no velho e bom bloquinho ou no smartphone.
Veja como deixar seu cotidiano corporativo menos complicado:
  • Escute todas as recomendações do superior.
  • Anote tudo, sempre podemos perder algo no meio do caminho.
  • Questione o começo, o meio e o fim para que o trabalho seja concluído sem interromper etapas.
  • Programe-se para entregar o que lhe foi pedido no prazo.

Boa sorte!

*

A autora do post: Denise Molinaro é jornalista, taurina, paulistana. Trabalha com Internet há nove anos. Aprendeu a gerenciar equipes com a vida corporativa e inspirando-se em líderes de respeito. Atualmente é editora do portal masculino AreaH. Para falar com ela escreva para editora@areah.com.br

segunda-feira, 20 de maio de 2013

NOVIDADES NO A VIDA EM POSTS!



Queridas e queridos,

Adoro a presença de vocês por aqui. Obrigada pelo carinho. Como este blog é meu companheiro há muitos anos, é como se fosse um cantinho do meu quarto, gostaria de dividir com vocês mais assuntos do meu interesse e, lógico, do interesse de vocês também. 

Há duas semanas a Roberta Nader começou a escrever sobre livros por aqui. O primeiro post dela foi sobre "No teu Deserto", do Miguel Sousa. Literatura é um tema que agrada todos que visitam o A Vida Em Posts. 
Já tem dica programada para esta semana. Como foi super bacana a estreia de uma colaboradora por aqui, convidei a Denise Molinaro para abordar o tema “carreira”. Denise é uma amiga bem-sucedida, que sabe dar conselhos profissionais melhor do que ninguém, em minhas crises é o telefone dela que eu chamo. O texto da Deni sobre a importância de esclarecer dúvidas no trabalho entra amanhã. Espero que gostem.

Estou ainda preparando um monte de outros assuntos para postar (fiquem tranquilos, pois eu não vou deixar de escrever o textos poéticos, tá?), por isso gostaria de saber: 
  • O que adorariam ler por aqui?  
  • Quais temas gostariam que frequentassem o A Vida Em Posts? 
  • Querem a minha opinião sobre algum assunto? 


Um beijo e obrigada,

sexta-feira, 17 de maio de 2013

30 HORAS



Contas. Vontade de ondas. Pó no canto da sala. Cerveja seca, a lata.
Tarefas chovendo na cabeça. Acumulam-se.
Melancólico e solitário, o meu olhar.

Tem lista na minha frente. Tem buzina. Tem medo. Tem teto. Tatuagem cinza no céu. Tem branco. Tem tudo o que deixei pra trás.
Entupindo.
Transbordando.

O tempo taquicardíaco.

Não tolero meus fracassos, tontos. Tentativas tontas.
    Tanta coisa.

Teus beijos distantes - tão distantes que me dão pressa. Taquipressa.

Tuas palavras de antes.
Trepadas. Pra tua coleção.
Fui teu tédio.

Mas tem a lista pra ticar. E o dia pra se despedir. Tem a comida fria. Tem o banho que não aquece. Tem pílula. Tem trabalho que só o celular pra lembrar. E linhas vazias aguardando a porra sair do teclado.
E as contas.
A fissura por ondas.

Então todas as nossas vezes deixadas pra depois.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

ROBERTA INDICA: NO TEU DESERTO, DE MIGUEL SOUSA TAVARES


SOBRE O SILÊNCIO





O nome do autor é  Miguel Sousa Tavares. Ele nasceu na cidade do Porto, Portugal, em 1952.


Uma amiga querida disse que tinha um livro que eu iria gostar muito.


Gosto de prestar atenção nessa troca de energia que existe entre as pessoas. Troca de livros é troca de energias. É partilhar com o outro palavras. Dar ideias de presente.


O livro: "No Teu Deserto". O autor, Miguel Sousa Tavares: um jornalista que, vinte anos antes de escrever esses relatos, tinha atravessado o deserto do Saara.  Ele, um jipe e uma moça que ele conheceu na viagem, uns quinze anos mais nova que ele.


O livro é uma ode ao silêncio.


É dele esse trecho:


" (...) e eu sentia-me bem assim, protegida pelo som da tua voz, pelo teu relato de florestas distantes e estranhos nomes de peixes e bichos que ali pareciam tão irreais como irreal me parecia toda esta felicidade que não te sei dizer! E só percebi quando a perdi.


A maior parte do tempo, porém, o que nós partilhávamos era o silêncio. E isso eu aprendi contigo, porque não sabia. Para mim, o silencio era sinal de distância, de mal estar, de desentendimento. Ao princípio, quando ficávamos calados muito tempo, eu sentia-me inquieta, desconfortável, e começava a falar só para afastar esse anjo mau que estava a passar entre nós.


Um dia tu disseste-me:


- Claudia, não precisas de falar só porque vamos calados. A coisa mais difícil e mais bonita de partilhar entre duas pessoas é o silencio."


Lendo o livro lembrei de um filme. Talvez um dos mais belos filmes que eu já vi. "Camelos Também Choram".


Lembrei dele pelos camelos, pelo deserto, e pela economia de palavras.
Esse filme quase não tem diálogos. Praticamente não tem trilha sonora, só o som do vento de areia. O filme é sublime. Assim como é sublime a vida dos nômades do deserto. A comunicação que dispensa quase tudo.
Mantém somente o lindo e mágico entendimento entre as pessoas.
Sem exageros. Só o essencial.


Pensando no silêncio e no bonito deserto que, parece-me porque espelho, está dentro de mim.


Lembrei do Deserto do Atacama, 2008. Uma viagem linda.


Aí lembrei de 2009, dez dias caminhando pelo litoral do Uruguai. O deserto das praias uruguaias.


Vale a pena conhecer as praias do litoral do Uruguai: Caminhar por elas é inacreditavelmente reparador para a mente. As praias uruguaias não têm o recorte e a vegetação que conhecemos no litoral brasileiro. São como um deserto de dunas.
Olhar o monocromático da areia e do mar descansa os olhos. Sossega dos excessos de estímulos visuais.
A ausência da poluição visual permite sua mente vagar livremente...


Estar na natureza é a coisa mais importante da minha vida. Não abro mão desse contato nem um ano sequer.


Ela sempre consegue me mostrar o que tá passando dentro da gente.


Amós Oz... o escritor israelense, sabe disso. Ele vive no deserto.


"Há 20 anos, moro numa pequena cidade no deserto chamada Arad, no sul de Israel, cercada pelo deserto...Todas as manhãs, acordo cedo, às 5h, tomo uma xícara de café, vou ao deserto e caminho em silêncio, sozinho...O deserto me ajuda a ver as coisas em perspectiva; ele me ajuda a descobrir o que é importante e o que não é importante. O deserto é uma experiência de humildade e uma profunda inspiração."


Por que não construir um pequeno deserto particular de silêncio e sossego, e se debruçar sobre “No Teu Deserto”? Se deliciar com as descrições de uma viagem, que acabou mudando pra sempre a vida desse jornalista?


Porque não aproveitar a economia de palavras e assistir Camelos Também Choram” ?


Odes ao silêncio.


" (...) - Mas tu não poupas as palavras: tu escreves. Todas as noites gastas uma hora a escrever um diário nesse teu caderno...


- Escrever não é falar.


- Não? Qual é a diferença?


  • É exatamente o oposto. Escrever é usar as palavras que se guardaram: se tu falares demais, já não escreves, porque não te resta nada para dizer."



Trecho de “No Teu Deserto”



Serviço
No Teu Deserto
Autor: Miguel Sousa Tavares
Editora: Oficina do Livro

Camelos Também Choram
Diretores: Byambasuren Davaa e Luigi Falorni
Ano: 2003


*

A autora do post: Roberta Nader é ativista pra mudar o mundo. Roteirista no horário comercial. Leitora compulsiva. Escrever é uma vontade... Que nunca passa. 
Leia o blog dela clicando aqui.

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