em dias como hoje
me punha granfina
Metia maiô, chapéu e pose
Tomava glamour ao pé da piscina
Pedia champanhe
Chamava as amigas
Deixava o sol esquentar
E o porre esquecer
uma vida vazia
Mas não sou madame
Sou funcionária
Dias como hoje
não são para mim
O sol arde
o meu jeans
molha minha nuca
mela meu texto
embaça meus prazos
enquanto teclo
por latas de cerveja
cheiro de cigarro
aplausos
abraços picados
avisos picantes
beijos tímidos
e luas
e livros
e sábados
e domingos
com muito sal