segunda-feira, 10 de agosto de 2009

ACHEI QUE NÃO FOSSE ESCAPAR...


Achei que não fosse escapar. A gente costuma achar. Um saco de pedras preso aos pés. A dor mais forte é sempre a presente. Por que ela se traja de eterna? Por que ela não garante sua partida? Não peço data, mas a certeza de que munida de trouxa ela passe. Certeza que hoje possuo. Certeza atrasada. Certeza meio torta, porque somos pegos de surpresa. O tempo todo. A tranqulidade que se avessa e revela dias pesados e rotineiros e infinitos. Dias que não ornam com os seguintes: os afastados e, talvez e infelizmente, dormentes. Não mortos. Dormentes. Será que por isso tenho sono? Uma ressaca da surpresa ruim. Da fadiga de sofrer numa única tarde as facadas que me derrubavam há anos. Todas de uma vez. Mas uma hora o sangue estanca. O buraco fecha. Depois, só as cicatrizes. Aparentes. Tristes. Que tentam se esconder debaixo do maiô. Que se disfarçam no silêncio. Num olhar evasivo...
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