quarta-feira, 20 de agosto de 2008

SILÊNCIO


Em vez de ditar-se à boca

a palavra recuou

Mais graça teria

um dedo indicador

contar segredos

à superfície de uma mesa molhada

de gelo

derretendo

no canto do bar

7 comentários:

Anônimo disse...

A palavra é quem decide como quer se expressada, Pri.

Anônimo disse...

Na mão, a revista da loira pelada, vermelha.
No balcão, o olhar da loira cansada, azul.
Na parede, a foto da loira riscada, sépia.
No copo, o amargo da loira gelada, amarela.
Na rua, os passos da loira apressada, carmim.
Na cabeça, o talento da loira delicada, branquela.

Unknown disse...

Ca-ra-lho.
Adoro.

Anônimo disse...

É uma honra ter pessoas talentosas como você acompanhando os minicontos. Espero que goste, pois eu já gostei muito do seu blog.

Ah, duvido que você use Sundown 30. Eu uso.

Inté...

Unknown disse...

Na crise, até 50!
adorando os escritos...

Débora Costa e Silva disse...

LINDO!
Adoro...poemas curtos que dizem tanto...
e adoro o silêncio...diz tanto!
nem sempre o que gostaríamos de ouvir...e então nos ensurdece como uma campaínha, um alarme de carro, batidão de funk no carro do playboy...
se o silêncio já machuca tanto, melhor ficar sem palavras mesmo...

Unknown disse...

silêncio é arma, deby. haha

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