sábado, 17 de abril de 2010
PASSAGEIRO
queria sentir. porque é daí que tudo parte. mas no jantar com o juarez. no geni com a tuta. na praça com o celso, o cacalo. na cama comigo. aqui com as suposições. nada abala. foi tudo previsto. predito. eu sabia onde me enterrava, mas não por isso me engessei. é que não via esperanças. pessoas são como são. mudanças não afetam dunas. que mesmo com a sedução do vento, não deixarão de ser dunas. e aí você decidiu que minhas conclusões eram imutáveis. e eu pensei o mesmo sobre seus impulsos. e o resultado foi voltar à largada. sem repetir a corrida. desta vez quero deslizar por outras pistas.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
SOBRE ENGANOS E/OU EXAGEROS
Para uma atriz gostosa ler:
Um dia você me pediu Quero ler um texto que você tenha escrito pra mim. Que desejo invasivo! Essas coisas, não divido. Quem já foi homenageado, não desconfia. Os que já foram citados, inflam-se ao fim da última linha. Seu pedido me deixou desconcertada. Como seria capaz de embelezar às pressas palavras que não sentia? Mentira pra mim é coisa feia. Mas secretamente, decidi que treinaria. Obrigada pela ajuda. Adorei olhar dentro dos seus olhos e responder às saudades que piscavam em meu celular durante as madrugadas. Uma pena o fim ter chegado antes do gosto da próxima saliva. Que se misturaria à sua no dia seguinte. Sem o mínimo remorso.
Um dia você me pediu Quero ler um texto que você tenha escrito pra mim. Que desejo invasivo! Essas coisas, não divido. Quem já foi homenageado, não desconfia. Os que já foram citados, inflam-se ao fim da última linha. Seu pedido me deixou desconcertada. Como seria capaz de embelezar às pressas palavras que não sentia? Mentira pra mim é coisa feia. Mas secretamente, decidi que treinaria. Obrigada pela ajuda. Adorei olhar dentro dos seus olhos e responder às saudades que piscavam em meu celular durante as madrugadas. Uma pena o fim ter chegado antes do gosto da próxima saliva. Que se misturaria à sua no dia seguinte. Sem o mínimo remorso.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
eu imagino uma faixa de sol decorando a sala...
imagino o barulho da chuva cutucando a janela de alumínio... e tempestade guerreando com calças jeans e toalhas quase secas.
penso no cheiro de café que deve fazer toda manhã e no quanto os azulejos azuis deixam o ambiente mais escuro.
e na campainha tocando... quebrando a minha solidão.
imagino o barulho da chuva cutucando a janela de alumínio... e tempestade guerreando com calças jeans e toalhas quase secas.
penso no cheiro de café que deve fazer toda manhã e no quanto os azulejos azuis deixam o ambiente mais escuro.
e na campainha tocando... quebrando a minha solidão.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
É BOM?
É fato Não sou de pontos finais Gosto de preencher a folha toda Espremer as letras pra tudo caber Amontoar cada frase vivida Até o último espaço livre.
Sou de esgotar páginas
Sou de esgotar páginas
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
ESCADA
*
Não me lembro do que ele disse. Desperdicei esse segundo vasculhando manchas vermelhas em seu rosto, alguma gota de suor ou um sorriso reprimido. Algo que denunciasse um coração disparado. E quando os meus sinais estavam próximos de arrebentar a discrição eu fui embora sem olhar para trás.
Desconfio que ele tenha me dito oi.
*
Não me lembro do que ele disse. Desperdicei esse segundo vasculhando manchas vermelhas em seu rosto, alguma gota de suor ou um sorriso reprimido. Algo que denunciasse um coração disparado. E quando os meus sinais estavam próximos de arrebentar a discrição eu fui embora sem olhar para trás.
Desconfio que ele tenha me dito oi.
*
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