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os tons de fumaça me algemam à lembrança de uma frase, declarada apenas depois do vidro ou escrita a dedo e água na mesa do bar ou proferida em outra língua. esse pouco que me preencheu. anexado à embriaguez romântica de um amor-pra-sempre só meu. esse material para sonhos que renego ao acordar. me perguntando Como ainda podem invadir a fina pele de tranquilidade. enquanto o coração entediado insiste num telefonema de Bom dia ou algum outro sentimento sem maquiagem, sem roupas. só pele, pintas e pelos. eu aqui fingindo que Tudo indo. fingindo? talvez fingindo que ainda é. em busca do sentido que existia quando uma mão procurava a outra. procurava um gole. a gola da camiseta. a mecha de cabelo. e todo esse mínimo que esquentava. acordava. e fazia a vida assim com um porquê.
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2 comentários:
texto preciso que abrem cortinas com verdades e limpam os dias nublados. tudo dito com muito sentimento e poesia, gritante, pausada, presciente...
bom lugar
volto
:)
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